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O Nosso Investimento em um Cenário de Disrupção Tecnológica

O Banco Central mostrou em seu último Relatório de Economia Bancária (REB) que o Brasil possui um dos sistemas financeiros mais concentrados no mundo. Os cinco maiores bancos do país controlam cerca de 82% dos ativos e 78% do mercado de crédito. Estes percentuais nos colocam como o país com a maior concentração bancária entre os emergentes.

Notamos o reflexo desta concentração facilmente em nosso dia-a-dia. A dificuldade na obtenção de crédito atinge o cidadão e as empresas, que acabam por se submeter muitas vezes a juros extorsivos, como os do cheque especial e do cartão de crédito, que chegam a superar os 300% ao ano. No quesito investimentos, é raro obter rentabilidades nos grandes bancos que superem minimamente a taxa do CDI, atualmente em 6,5% ao ano. Por pagar barato no nosso dinheiro e emprestar caro para quem precisa, apenas o maior destes grandes bancos auferiu em 2018 cerca R$ 25 bilhões de lucro líquido, valor 4,2% superior ao do ano anterior.

“A sua margem é a minha oportunidade”.

Esta frase é atribuída a Jeff Bezzos, fundador e atual CEO da Amazon. Sem dúvidas ela deve ter tido papel relevante em inspirar a revolução que a empresa vem fazendo no varejo. Imaginemos quanto desta margem de lucro dos bancos podem ser aproveitadas por novos modelos e oportunidades de negócio. Antigamente, para viabilizar uma operação bancária, a demanda por capilaridade era tremenda, visto ter agências em toda a parte era fundamental para a atividade. Hoje fazemos praticamente tudo que fazíamos indo às agências bancárias pela internet, através do nosso computador ou celular.

As novas tecnologias abriram as portas do setor financeiro através das fintechs. Estas startups, dispostas a capturar parte da margem dos bancos e focadas no desenvolvimento de novas soluções, há 3 anos atrás não chegavam a totalizar 100 empresas no nosso país. No último levantamento da FintechLab, divulgado em 2018, já eram mais de 400. Empresas especializadas em meios de pagamento, empréstimos e investimentos que já chegam a valer mais de US$ 1 bihão, como o caso do Nubank, startup que já emitiu mais de 3 milhões de cartões de crédito.

Vimos recentemente iniciativas da própria esfera pública em fomentar este mercado, com o intuito de melhorar a eficiência do sistema financeiro e reduzir os juros. Em julho de 2017, a Comissão de Valores Mobiliários regulamentou o financiamento coletivo de empresas, também chamado de crowdfunding, através da Instrução CVM 588. Através desta regulação, empresas de pequeno porte podem captar até R$ 5 milhões com investidores de todo o Brasil, por meio de sites registrados na autarquia.

Para o investidor é oportunidade de rentabilizar melhor o seu capital, investindo de maneira segura, ágil e pouco burocrática. Além disso, o investimento através de plataformas de crowdfunding permite que se invista a partir de R$ 1 mil em um projeto o qual o investidor tenha mais simpatia, seja ele o desenvolvimento de uma choppeira inovadora ou na construção de um empreendimento imobiliário.

Com vistas a oferecer uma nova forma de investimento imobiliário, a Bloxs (www.bloxs.com.br) é a primeira plataforma de crowdfunding de investimentos do norte-nordeste registrada pela CVM. Sediada em Salvador/BA e focada em financiar projetos imobiliários que atendam à redução do déficit habitacional das regiões mais necessitadas do país, já está em sua terceira rodada de investimento, tendo captado cerca de R$ 1,5 milhões. Os projetos são selecionados com base em critérios que avaliam a rentabilidade oferecida ao investidor, a demanda de mercado e a solidez financeira da construtora.

Assim como a margem dos bancos geram oportunidades para as fintechs, é certo que parte dessa margem acaba se traduzindo em melhor rentabilidade para o investidor. É possível hoje investir emprestando dinheiro diretamente para empresas tendo retornos de 3x a 5x superiores ao valor que o dinheiro rende na poupança. Em abril de 2018 o Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou, através da Resolução 4.656, as Sociedades de Crédito Direto (SCD) e as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP). A atuação do CMN vem a trazer ainda mais benefícios ao investidor no sentido de saber que operações do tipo estão sendo acompanhadas de perto pelos órgãos de controle.

A demanda por crédito no nosso ambiente produtivo é imensa. O atendimento à esta demanda parte de um sistema financeiro que precisa de maior eficiência entre os agentes envolvidos. Parte deste crédito sem dúvidas pode ser atendido diretamente pelo pequeno investidor que, a partir do momento que conheça e se aprofunde, terá no investimento, via crowdfunding ou via SEP´s, uma alternativa rentável e segura.

Ao nosso 2022/23
O Ciclo do Negócio Imobiliário

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